Estava ensaiando algum tempo
furar a orelhinha da Rafaela, mas faltava tempo de irmos para Santos já que furaríamos
com uma enfermeira na casa dela, eu já a conhecia, pois havia furado a orelha
das minhas duas sobrinhas Gabrielle e Vitória, é enfermeira super confiável que
trabalha no hospital onde eu ganhei eles.
Mas percebi que faltava mesmo era CORAGEM, estava como medo, na verdade medo não estava apavoradaaaaaa, estava a ponto de desistir e esperar ela crescer e ir de livre e espontânea vontade, como a enfermeira furaria com o próprio brinco na minha cabeça estava levando ela para o “sacrifício”, minha filha iria sofrer, chorar e eu compactuando era demais para mim.
Mas como eu sou, aos três meses de
gravidez eu comprei o brinco e agora estou amarelando, como assim, precisava
ser forte.
Daí respirei fundo, e liguei para
marcar, no domingo fomos lá no caminho fui imaginando o berreiro que seria, da
dor que minha pequenina iria sentir, não queria nem subir no apartamento por
mim teria ficado esperando no carro, mas fui forte, como “abandonaria” minha
princesa naquele momento, de jeito nenhum.
Dona Júlia a colocou no sofá e
ela toda lindinha com aquela cara de desespero só deu uma miadinha e não foi
por causa do furo foi porque seguramos o bracinho dela para baixo, e eu fiquei
toda orgulhosa e ela ficou ainda mais linda.
Rafaela e seu brinquinho
Manos
Aliás, eu não chorei pelo menos
nesse dia porque na maternidade afff que vergonha, no ultimo dia quando estávamos
vindo embora eles foram tomar o banho e eles me chamaram para assistir um e dar
banho no outro eu fui lá com aquela cara de “fiz isso a minha vida toda”,
quando a enfermeira começou a dar banho e a Rafaela começou a chorar eu pirei
chorei muito de desespero, eu soluçava, queria sair de lá correndo, quem quer
ver um filho chorando seja lá por qual motivo for.
Depois fui me acalmando dei banho no Nicolas e passou, mas eu sou assim se vejo eles chorando me dá vontade de chorar junto.
Mamãe ama vocês meus amores, e se
depender de mim só quero ver risinhos.